
Piúma ganha Maria Fernanda Barros e a Cultura agradece: um golaço de Paulo Cola
Maria Fernanda Barros seja muito bem vinda a Cultura de Piúma, temos muito a fazer e não temos mais tempo para perder.

A Cultura, sem dúvida, precisa de mais do que sorrisos e abraços simpáticos. Ela é responsável por registrar a identidade de um povo.
Talvez, senhor prefeito, nossos jovens não conheçam as suas raízes. E não é culpa deles; a responsabilidade é nossa, pois muitas vezes não contamos as histórias e, mais ainda, não as lemos. Como tudo começou por estas bandas? Eu pensava que os índios eram os primeiros habitantes, mas o doutor Leonardo Bouguignon nos ensina que os sambaquieiros viviam pelo litoral, retirando conchas e se alimentando. Depois vieram os povos indígenas, como os goytacazes, puris e tupis-guaranis, que tiveram contato com os ses, que comerciavam com alguns portugueses no Brasil.
No século XIX, com a chegada do café e da extração de madeiras, chegaram também os escravos. Em 1931, o tráfico de escravos foi proibido e os portos menos visados aram a ser utilizados para abastecer o interior da região. Piúma entrou nessa rota.
Como todo interior que ainda não estava habitado por povos além dos indígenas, Léo afirma que os moradores da época se consideravam parte do litoral. Localidades como Monte Belo, Laranjeira e a Volta do Chuchu, próximas de Piúma, utilizaram intensamente a mão de obra escrava, e os ingleses chegaram um pouco depois.
Senhor prefeito, como podemos conhecer essas raízes, senão através da literatura? E o que a literatura tem a ver com a nomeação de Maria Fernanda Barros para a Gerência de Cultura?
Tudo! Ela já começou com o pé direito, cadastrando os fazedores de cultura. Piúma agora terá um banco de dados para não desperdiçar nenhum edital daqui em diante. Com um desses editais, lançaremos um livro de crônicas, oferecendo aos piumenses a oportunidade de conhecer mais sobre personagens que viveram aqui e deixaram suas marcas.
A Cidade das Conchas precisa registrar suas memórias. É hora de sacudir o tambor, colocar o bloco na rua, abraçar os artistas e criar espaços para compartilhar exposições, lançamentos e outras manifestações culturais. Piúma precisa exibir suas memórias.
Maria Fernanda Barros é produtora cultural com 25 anos de dedicação ao setor artístico e cultural, acumulando mais de 30 anos de experiência. Em dezembro de 2024, ela encerrou seu trabalho como gestora de Cultura no município de Anchieta/ES, sob a premiada istração do prefeito Fabrício Petri (2021–2024). Ela tem formação técnica em istração e Filmmaker pela UNIFAEL.
Olha que informação importante sobre a nova gerente de Cultura de Piúma: entre 2023 e 2024, ela cursou um curso especializado em Leis de Fomento Cultural, com foco na Lei Paulo Gustavo e na Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), pela Municipal Gestão Cultural.
Sua trajetória inclui experiência como membro da Mesa Diretora do FORCULT – Fórum Permanente de Secretários de Cultura do Estado do Espírito Santo desde 2022, e dois anos de serviço na Prefeitura de Guarapari/ES, além de ser responsável pelo gerenciamento de projetos culturais através da produtora Consciente Coletivo por mais de 12 anos. Ela também prestou serviços para o PROJAC (Rede Globo) em 2017 e 2018.
Paulo Cola está certo: é fundamental ter profissionais capacitados no time para uma gestão eficaz. Não podemos desperdiçar mais tempo nem recursos. O momento é agora. A literatura precisa ocupar o seu lugar de honra, ao lado do rap, da música popular, das manifestações folclóricas. A Cultura aplaude a chegada de Maria.
Maria Fernanda Barros foi sondada por seis municípios para assumir a Cultura, pois seu currículo é um dos mais completos para impulsionar esse setor, que não pode ser tratado por amadores.
Quem é Maria?
Maria é uma artista e, como todos os artistas, deseja ver o mundo mais bonito e colorido. “Gostamos de fazer isso nos palcos, nas ruas, nos muros, nas roupas, nas músicas e, por que não, no setor público, dando condições para que os artistas locais possam realizar seus trabalhos com melhores condições? Os artistas são os porta-vozes da cultura de um povo. É assim que preservamos nossas tradições. Como saberíamos da nossa cultura e história sem os livros, as poesias, as músicas, os filmes, o artesanato, a forma de falar, a comida, a vestimenta?”, questiona.
A nova gerente de Cultura pondera dois fatores sobre sua chegada à Cidade das Conchas: “Primeiro, minha iração pelos agentes culturais daqui, que são talentosos e muito criativos, me inspira. Eles fazem cultura de forma única, sempre criando coisas interessantes e diferentes. Acho linda a naturalidade com que Piúma respira arte! A segunda razão é poder servir de algum modo a essa cidade repleta de beleza natural, que está buscando, justamente neste governo revolucionário de Paulo Cola, políticas públicas culturais que fortaleçam a identidade e as tradições piumenses. Eu sou atraída por trabalhos que toquem o meu coração, e quando vi a oportunidade de estar envolvida neste momento da cidade, me senti muito honrada. Fiquei feliz pelo reconhecimento, não apenas pela minha experiência de quatro anos no governo de Fabrício Petri em Anchieta, mas pelos meus 30 anos vivendo de arte no Espírito Santo e poder contribuir para que isso se consolide mais por aqui.”
O que esperar de Maria?
“Podem esperar lealdade e comprometimento. Não é só um trabalho para mim, é pessoal! Ver artistas podendo viver da arte e a cena artística fortalecida é um ideal de vida para mim. Chego muito motivada e feliz, pronta para me doar ao máximo aos interesses da cultura no município. Vi que esse também é o desejo do prefeito Paulo Cola e do secretário de Cultura Mateus Motta, que me receberam com muito carinho na prefeitura. Adianto que nossa equipe tem muitas ideias para fazer a cultura avançar a os largos por aqui. Algumas dessas ideias poderão ser discutidas na nossa reunião na quinta-feira (13), no auditório da Secretaria de Assistência Social”, finaliza.
Banda Mary Di
Fundada pela cantora Maria Fernanda e pelo guitarrista Roberto Mattos, a banda Mary Di adotou oficialmente esse nome em 2007. Com mais de 20 anos de carreira profissional, Maria e Roberto trabalharam por mais de 6 anos na banda da casa mais conceituada do Espírito Santo, onde adquiriram vasta experiência abrindo shows de artistas como Lulu Santos, Djavan, Kid Abelha, Jota Quest, Titãs, Rita Lee, Ed Motta e muitos outros. No entanto, abandonaram essa carreira consolidada para seguir o sonho de ter uma banda própria, com músicas autorais e uma personalidade autêntica. O estilo da banda é Pop Rock, com nuances de eletrônica, blues e jazz.
A Mary Di coleciona méritos em sua carreira, como o prêmio GRC de “Banda Revelação 2010” (SP), com mais de 3.630 artistas concorrendo. Também foi semifinalista do The Voice Brasil, participou do programa Super Star da Globo e se apresentou no palco do Rock In Rio.